terça-feira, 4 de maio de 2010

A minha excessão.





É engraçado como as pessoas podem te descrever em simples palavras.
Conheci a música do Paramore, "The only exception", há pouco tempo. Ouvi, e curti a música, sem prestar tanta atenção na letra.

Eu costumo ser muito atenciosa com letras de música, gosto de compará-las a algo que está acontecendo na minha vida, que já aconteceu, ou até que eu queria que acontecesse. Tem gente que fala que é bobagem, que nem todo mundo fica prestando atenção em letras de música assim, mas eu não acho. Se for assim, qual o motivo de as músicas terem letras? Todo mundo pode se identificar pelo menos um pouco com elas.
Enfim, quando vi a letra dessa música, pensei: "Putz, essa parte é minha cara."

O trecho era esse aqui:

"And I've always lived like this
Keeping a comfortable distance
And up until now
I had sworn to myself that I'm content
With loneliness"

Tradução:

"E eu sempre vivi assim
Mantendo uma distância confortável
Até agora
Eu tinha jurado a mim mesma que eu estava contente
Com a solidão"

Na verdade, eu nunca tinha parado pra pensar nisso assim, dessa forma. Mas eu vi que penso exatamente isso. Na música ainda fala que 'ele é a única excessão', que ela sempre pensou assim, mas que agora ela abriu uma excessão para alguém.

Eu nunca quis arriscar nada, nunca quis me envolver tanto com ninguém. Pode ter sido pra me proteger, pode ter sido por puro MEDO mesmo. Eu me conheço, sei que eu fujo de algumas coisas, sei que eu fujo de relacionamentos. Às vezes, até tenho mais pensamentos tipicos de homem do que de mulher, porque quem costuma não se envolver assim são os homens, e não as mulheres.

A mulher se entrega, mergulha de cabeça, e seja o que Deus quiser. Pode ser que um dia na minha vida eu tenha sido assim, mas não me lembro. Pode ser que um dia eu ainda seja assim, e de verdade, espero ansiosa por esse dia. Porque quando isso acontecer, eu terei certeza de que encontrei a pessoa certa, uma pessoa que me passe tanta segurança que eu não consiga, nem precise sentir medo.

Para completar, assisti um filme no fim de semana. "Ele não está tão a fim de você", nesse filme tem um casalzinho muito fofo. E fala exatamente disso. Eu me vi no lugar do menino, eu pensava igual a ele. Talvez por isso minhas amigas falam que acaba que eu sou meio que 'o homem' da relação. Não por algumas coisas idiotas que os homens fazem, mas por essa questão de não se deixar envolver. 

O "rapaizinho" só foi atrás da menina, quando ela falou pra ele, que preferia ser do jeito que ela era, de ficar imaginando e sonhando coisas, pensando num relacionamento com alguém, do que ser como ele e que pelo menos, ela estava mais perto de encontrar alguém que ele. E é verdade, eu sei que é, mas ainda não sei se eu quero deixar de ser assim. Ainda estou bem, estou protegida no meu mundinho.

Quem sabe eu já tenha encontrado a minha excessão, e pode ser que sim. Mas quem sabe, eu ainda não esteja preparada para ter encontrado.

by nane marinho

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